ANAIS :: 30º EIA - Bauru/SP - 2015 - ISSN : 1983-179X
Resumo: P031

Poster (Painel)


P031

RISCO PARA QUEDAS EM IDOSOS E SUA RELAÇÃO COM O EQUILÍBRIO FUNCIONAL

Autores:
TAGUCHI, C.K.1, SANTOS, L.K.1, ALVES, L.V.2, CRUZ, B.N.1, BRITO, T.S.N.1, OLIVEIRA, G.S.F.1, SILVA, A.R.1
1 UFS - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE, 2 TELHA - SE - PREFEITURA MUNICIPAL DE TELHA

Resumo:
Resumo Simples

Introdução: O processo de envelhecimento acarreta prejuízos nos sistema físico e mental e, principalmente, no sistema de equilíbrio. As alterações de equilíbrio promovem uma maior incidência de quedas atingindo 34% dos idosos de 65 a 80 anos, 45% entre 80 e 89 anos e 50% acima dos 90 anos. Estima-se que em 2050 existirá cerca de 400 milhões de idosos, o que projeta a necessidade do estudo do equilíbrio do idoso com vistas para a maximização da qualidade de vida. Objetivos: Avaliar o equilíbrio funcional em idosos ativos e verificar a ocorrência futura de quedas. Método: Pesquisa clínica, transversal e observacional aprovada pelo CEP da instituição sob o número 6232.0.000.107-10 e apoio da FAPITEC – SE. Setenta e nove participantes da pequisa que foram submetidos à Escala de Equilíbrio de Berg (EEB) validada por Miyamoto em 2004 e ao Timed Up and Go Test (TUGT) desenvolvido por Podsiadlo e Richardson (1991). Estes instrumentos avaliam a tendência para quedas, a mobilidade e dependência funcional respectivamente. Os testes de Wilcoxon e Associação de Spearman foram utilizados para a análise dos dados com p valor de até 0,05. Resultados e Discussão: Cerca de 7,0% da amostra apresentou tendência à queda na EEB. A média de idade dos participantes foi 67,6 anos, o que concordou com AVEIRO (2012), e distanciou de outros estudos como de TRELHA (2012) e TAGUCHI, TANIMOTO e TEIXEIRA (2013). Denota-se, apesar da distribuição da amostra, que o gênero feminino esteve mais propenso a quedas futuras (p= 0.000418), bem como os mais idosos (p=0,006358), o que concordou com SIQUEIRA (2007), PRATA (2012), AVEIRO (2012) e SILVA (2013) e discordou de TAGUCHI, TANIMOTO e TEIXEIRA (2013). Cerca de 76% dos participantes da pesquisa encontrava se alterados no TUGT, apresentando risco médio ou alto para quedas e maior dependência nas tarefas de vida cotidiana. O tempo médio de 12,73 segundos foi utilizado para execução da tarefa. Na análise do TUGT, segundo o gênero ocorreu associação significante, sendo o maior indicador de risco associado ao gênero feminino (P=0.02101). Na correlação entre a EEB e TUGT verificou-se que quanto maior a pontuação da EEB menor foi o tempo de execução do TUGT. Este fato pode ser confirmado pelo maior tempo e maior pontuação na EEB estarem presentes no idoso de maior idade conforme apontado por ALFIERI (2009). Conclusão: Apesar do baixo percentual de alteração na Escala de Equilíbrio de Berg constatou-se a associação desta com as variáveis gênero e idade. A avaliação do equilíbrio dinâmico apontou risco médio para a amostra e associação com gênero, estando o gênero feminino mais propenso a quedas. Concluiu—se, portanto, que os participantes da pesquisa mais idosos apresentaram pior desempenho, denotando-se correlação negativa, ou seja, obtiveram menor pontuação na Escala de Equilíbrio de Berg e maior tempo no Timed Up and Go Test.

Palavras-chave:
 equilibrio postural, idoso, acidentes por quedas, questionários